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Mostrando postagens de junho, 2013

Sou manifestante com muito orgulho!

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Eu não estava presente no movimento estudantil brasileiro realizado no decorrer do ano de  1992  e tinha como objetivo principal o impeachment do  Presidente do Brasil   Fernando Collor de Melo  e sua retirada do posto. Em agosto de 1992 eu era mãe de uma linda garotinha de pouco mais de 1 ano, não pensava em outra coisa que não fosse a alegria de tê-la comigo, descobrindo o mundo, dando seus primeiros passinhos, balbuciando suas letrinhas, embora tivesse apenas 18 anos, não quis saber de nada disso. Era mãe, não estudante engajada, nem estava aí se o Collor tinha roubado, me preocupava mais com o estado físico do Cazuza e sua iminente partida. Agora em 2013 nasceu em mim aquele sentimento que não tive há 21 anos, vontade de me unir à massa, gritar, protestar, dizer que não quero mais isso tudo, que não merecemos... Sou uma adolescente, "avôrrescente", bem "aborrescente", tenho um espírito jovem, não combino com o lado sério do mundo, não

Mãe - 6 anos sem ter você.

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Nem sei por que gosto tanto de escrever, talvez porque falar não seja tão consolador, mas pensando bem, nem escrever é. Desde que minha mãe se foi, no dia 12 de junho de 2007 um enorme buraco ficou dentro do meu peito, que só se aprofundou quando perdi meu pai, 15 meses depois. Não sinto que tenha alguém que se importe tanto por mim quanto ela, não vejo que minha vida tenha alguma importância assim como tinha para ela. Hoje, depois de tantos erros, enganos e desacertos, estou aprendendo ainda na base da chicotada a viver. Sou grata por tudo que tenho, hoje partilhei inclusive que se for analisar minha vida está tudo certo, tenho saúde, amigos, emprego, casa própria, não me falta comida, posso dizer que me auto-sustento. Planto uma sementinha aqui, outra ali e vou regando, uma hora os frutos brotam.  Não é a solidão de não ter alguém que durma diariamente comigo que me incomoda, honestamente eu tenho uma facilidade para adaptar-me que agradeço à Deus, pois não tenho m

Tudo passa...

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"Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia. A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão. A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia. A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita