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Mostrando postagens de setembro, 2009

Boas palavras...

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Estava na academia nesta segunda-feira, quando uma moça se aproxima e diz que gostaria de agradecer a homenagem que fiz neste blog, quando seu marido perdeu a vida estupidamente num acidente de moto. Isso foi em fevereiro deste ano. Fiquei tão emocionada de olhar pro seu rosto jovem e tão sofrido. O rosto que conhecia apenas por fotos. Apesar de estar reagindo, em parte porque tem uma filhinha que se não me engano deve ter uns 9 meses, fica evidente que por trás daquela beleza se esconde um coração triste, perdido. Disse-me que ainda é muito difícil, neste momento seus olhos encheram-se de lágrimas, seguidos pelos meus... perder pessoas que amamos muito é algo que temos em comum. Ela me convidou pra aparecer em seu apartamento. Fiquei tão feliz em pensar que por alguns instantes, mesmo sendo uma desconhecida, consegui lhe dizer palavras que a reconfortaram. Se não fosse assim este momento não teria acontecido. Foi tão gratificante saber que mesmo sem conhecê-la, naquele momento de choq

A delícia de saber estar só...

Sábado à noite, 22h, estou sozinha ouvindo neste exato instante Elizete Cardoso. Existe coisa melhor do que ter a liberdade de curtir alguns momentos consigo mesma? A solidão é proveitosa quando é uma opção, não uma conseqüência. Eu aprendi a ficar sozinha quando fui obrigada a sair da casa dos meus pais, devido a agressividade doentia do meu "irmão". No começo foi difícil, me sentia muito mal, deprimida, angustiada. Não me sentia bem de forma alguma. Aos poucos fui aprendendo. Hoje tenho uma vida tão estável, depois de tantas coisas difíceis, não vejo graça em sair de casa sem estar com vontade. Amanhã pretendo acordar cedo, caminhar com as cadelas, preparar alguns espetinhos pro churrasco do almoço. Ainda quero deixar a sobremesa pronta, um brigadeirão básico. Basicamente engordativo. Não ligo, não faço regime, gostamos de comer bem aqui em casa e cozinho cada vez melhor, também sou "modeeeeeesta"... A vida pra mim é algo simples, reunir minha família em volta de

As palavras...

Imagine a seguinte situação, algém lhe sugere que apareça numa reunião familiar pra mostar suas mercadorias. A pessoa que sugere faz parte desta família, mas mesmo conhecendo desde que nasceu todos, você como tem "semancol" decide perguntar pra outro membro (com quem você tem mais liberdade) qual a sua opinião. Ainda toma cuidado de dizer que não quer ser "entrona" para que sinta-se a vontade de dizer não. Imagine a seguinte resposta: "Não querida, o encontro é bem íntimo, só pra nossa família mesmo, não acho legal ficar vendendo jóias, mas sábado sempre estamos reunidas então poderia aparecer. Desculpe, espero que entenda". Compreensível né? Não magoaria ninguém, seria sincero e bem direto. Agora imagine desta forma: " Não e não, é um encontro de família, só pra minhas irmãs, não tem nada haver ficar vendendo jóias, além disso, minha irmã está vindo de Curitiba pra contar sobre sua viagem. Se quiser vender pra fulana liga pra ela, o número é tal, mas

A arte de engolir sapos

Sabe o que leva uma pessoa totalmente pavio curto a engolir um baita sapo quietinha? A educação e o respeito por outros. Um dia fui visitar minha afilhada, a tia dela que acha lindo ser barraqueira ficou quase uma hora contando de brigas que ela teve com os vizinhos, sempre terminando a frase com um "comigo não". Faziam alguns anos que não ia lá. Pretendo ficar mais alguns novamente. Eu evito. Simplesmente porque não sei discutir sem pisar. Isso, obviamente, não me faz bem. Detesto mas evito confrontos. Tem uma pessoa cruzando meu caminho que anda me cutucando. Esta pessoa é alguém que sabe que a mim não engana. Pode se fazer de gente boa, de coitadinha, de solitária. Ela não tem amigos, o ex-marido dizem que enlouqueceu porque a pegou na cama com outro, as filhas a abandonaram. Além disso, ela é chata, burra, inconveniente e espaçosa. Desconfio que está tendo um caso com alguém bem próximo... Um dia, sei que a máscara cairá... se até as filhas enxergaram... um dia minha sogr

Um ano...

Pois é, o tempo passa e de repente você não faz parte da grande maioria que se preocupa aonde irá passar seu feriado de 7 de setembro. Agora você pensa como irá passá-lo. Datas, números, servem apenas pra marcarmos um tempo. Lidar com perdas nunca é simples. Agora o dia 7 de setembro o dia de aniversário de morte do meu pai, o da mãe é no dia 12 de junho, justamente dia dos namorados. Seria a data que escolhi pra contar os anos de relação com o Hélio, já que a gente não sabe bem quando começamos. Agora quando chega em junho apenas adiciono mais um ano, desisti do dia 12. Não consegui ir ao cemitério no dia dos pais, foi um dia esquisito, passei o dia de pijama, não quis sair. Sempre curti estas datas, podia recebê-los em casa com um delicioso almoço. Muitas vezes tinha que insistir, pois devido a saúde debilitada de ambos preferiam sempre ficar em casa. Faziam um esforço, vinham, eram sempre presenteados, amados, beijados e passávamos uma tarde muito boa. Sei que adoravam isto. Daí no