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Mostrando postagens de dezembro, 2008

Último sábado de 2008...

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E o ano vai se acabando aos poucos, de forma lenta e tranqüila, graças à Deus... 2007 e 2008 foram os piores anos da minha vida. Quando adoeci em 2006, apesar do susto, angústia e medo, senti o calor do amor da minha família toda, encontrei forças no carinho do Hélio, na inocência da Jéssica e no amor incondicional dos meus pais. Lembro quando cheguei da primeira quimioterapia, super enjoada, cansada. Estava arrasada emocionalmente, pois sempre fui medrosa, tinha e tenho horror à injeção, ter que enfiar uma agulha na mão para a enfermeira administrar toda a medicação (11 seringas de variados tamamnhos e sensações) foi simplesmente HORRÍVEL, CHEGUEI A DESMAIAR DE TÃO NERVOSA E ANSIOSA... com o tempo -foram 8 sessões a cada 21 dias - você até se acostuma, mas aquele 'medinho" da hora da picada estava sempre presente. Bem, voltando, quando cheguei da 1ª sessão vim direto para casa dos meus pais. Lembro como se fosse hoje dos olhos sofridos da minha mãe, com toda angústia e trist

25 de dezembro de 2008

Digito este texto deitada na cama ao lado do Hélio, assistindo o "Rei" na televisão, já que não temos tv por assinatura, nem lembramos de pegar um filme. Por sinal, acho que estou velha mesmo, pois estou até gostando do programa! O dia hoje foi menos dolorido que o de ontem, consegui sobreviver. Tenho muita sorte, muito por agradecer e me alegrar, pois tenho a possibilidade de ter uma segunda família. Seria triste demais passar a noite de Natal sozinha. Se bem que tenho certeza que alguém ia me socorrer... O importante é que assim não perco o meu referencial de família, porque o luto que sinto poderia me afastar de tudo. O Natal mexe com o sentimento de solidariedade das pessoas, mas é uma pena que não dure mais que uma noite. Hoje todos falam das dificuldades dos que moram nas ruas, dos órfãos, dos desabrigados, dos necessitados, mas porque será que não conseguimos aprofundar este sentimento? Penso que se houvesse mais boa vontade, mais caridade, não teríamos que ver tanta g

Então é Natal...

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As horas estão passando e logo mais à noite é hora da ceia de Natal. Devagar aquela tristeza, aquele aperto no coração vai tomando conta do meu ser, não há como evitar. Posso até minimizar as coisas e ser bem fria, pensando que hoje é apenas uma noite como outra qualquer, mas com um jantar mais caprichado. Só que não é. É especial, as pessoas se unem aos seus familiares para comemorar. Para mim e para a Jéssica é uma noite vazia, triste, amarga. Não vamos fazer ceia aqui, não há ânimo para isso, pelo menos não ainda... pra dizer a verdade, talvez nem juntas estaremos. Cada uma numa família, que podem não ser estranhos, mas não são nossos familiares, e, mesmo que fossem, o vazio da ausência é muito forte. O pai e a mãe da gente são insubstituíveis. Para eles nós somos essenciais, indispensáveis, assim como são para nós. Lembro como se fosse ontem do cheirinho do peru invadindo a casa, da correria com presentes... da satisfação de ambos por nos reunirem. Confesso, sem medo de ser mal-int

Falar em amizade...

Nesta época do ano costumo rever algumas amigas queridas, amigas de infância... não tenho muitos amigos, mas os que tenho são de extrema confiança e lealdade. Considerando a falsidade das relações que vejo, tenho até que bastante, já que tem muita gente cercada, mas que na real está sozinha. Fácil ter sua casa cheia quando tudo vai bem, mas e quando algo lhe falta? Será que seus amigos vão lhe procurar? Bem, eu vivi experiência bem marcantes nos últimos 3 anos. Senti o quanto a humanidade é contraditória. Algumas pessoas com quem convivi em determinada época da minha vida apareceram, demonstraram amor, carinho. Outras simplesmente não se importaram. Justamente algumas para quem eu prestei solidariedade em algum momento. Teve aquelas que eu nem esperava que me procuraram, mas sumiram quando tudo passou. Eu sei bem qual é este sentimento, além da óbvia curiosidade pela vida alheia, há um misto de culpa e pena. "Amigos" chegaram até à mim por pena. Não aceito mais amiguinhos de

Amor meu grande amor!

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Hoje, dia 20 de dezembro, o meu marido faz aniversário... Estamos juntos há quase 10 anos e posso dizer que são os dez mais felizes anos da minha vida. Nós temos uma sintonia rara, apesar de sermos diferentes em muitos aspectos. O Hélio é calmaria... eu sou a tempestade... pra mim isto é ótimo porque segura minha onda... Eu sou meio chata, o Hélio é bem legal... sou antipática por natureza, ele é super simpático. Todos gostam dele logo de cara... para gostar de mim as pessoas precisam me conhecer. Eu me estresso fácil, ele é bem difícil de sair do sério... Eu amo heavy metal, rap, rock, mpb... ele só gosta de reggae e de algum mpb. Não consigo imaginar um dia sem ele. Até encontrá-lo, vivia perdida, confusa... dando cabeçadas. Sou muito feliz com a vida que levo ao seu lado, embora muitas vezes reclame, mas reclamar faz parte da minha pessoa, de vez enquando fico bem chata, só ele pra aturar! A vida com ele é tudo que pedi à Deus, pois meu ideal de homem perfeito era meu pai... um mari

Confraternizações... apenas um conto.

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Desde pequena ela adorava quando chegava o fim do ano, era o momento em que dizia adeus ao colégio e podia aproveitar a vida do jeito que gostava. Havia uma certa magia no ar, um clima de confraternização entre as pessoas. A cidade ficava mais bonita com as luzes de Natal que invadiam ruas, casas e lojas. Nesta época costumava receber um casal de primos que tinham quase mesma idade e com eles eram só momentos de felicidade. Brincavam, passeavam com seus pais, aprontavam todas as "artes" do mundo... ficavam horas na piscina... de plástico, diga-se de passagem... eram uma turminha bem unida. Adoravam escrever as músicas natalinas para depois cantar pra família, ainda que cheios de vergonha... A ceia era sempre deliciosa, animada, todos ganhavam presentes... todos eram muito felizes juntos... Depois que cresceu, ela continuou a sentir a mesma alegria, apesar de que a família estava mais afastada, mas pelo menos com seus pais e irmãos ela ainda podia contar. Logo vieram outras ge

Coragem para enfrentar as coisas que posso modificar...

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Oração para serenidade Deus, dai-me a serenidade para aceitar as coisas que eu não posso mudar, coragem para mudar as coisas que eu possa, e sabedoria para que eu saiba a diferença: vivendo um dia de cada vez, aproveitando um momento de cada vez; aceitando as dificuldades como um caminho para a paz; indagando, como fez Jesus, a este mundo pecador, não como eu teria feito; aceitando que o Senhor tornaria tudo correto se eu me submetesse à sua vontade para que eu seja razoavelmente feliz nesta vida e extremamente feliz com o Senhor para sempre no futuro. Amém. Começo meu texto apresentando a quem não conhece esta fabulosa oração e convidando a todos para um instante de reflexão. Como é difícil colocarmos em prática tão sábias palavras. Quantas vezes nos falta serenidade para aceitar o que não podemos modificar? Como isso interfere em nossas relações pessoais, seja com nossa família, em nosso ambiente de trabalho ou simplesmente na fila de um supermercado. Quem nunca tentou modificar algo

A angústia nossa de cada dia

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Há momentos da vida em que sentimos uma espécie de "bola" na garganta, uma angústia domina nosso peito e as lágrimas insistem em rolar pela face. Nestes momentos é comum nos sentirmos sós. Até porque dificilmente encontraremos alguém que possa nos entender... já que nem nós mesmos não conseguimos. Eu vivo este momento. Não quero me fazer de vítima, não sei se faço um drama da minha vida ou se ela está aos poucos se transformando em um. São dores físicas e emocionais. Fantasmas que me assustam, medos que vêm à minha mente, lembranças bem tristes com pessoas que amo. Sou vítima sim... da saudade. Quando fico sozinha, isso é bem comum, me bate um enorme desespero. Penso nos meus pais e sinto falta. Lembro como na vida deles eu estava em primeiro lugar. Lembro como me sentia agradecida por pensar que os tinha para me "salvar" dos problemas. E quantas vezes não me auxiliaram! Para dizer ainda me ajudam, sei que estão aqui perto de mim, infelizmente meu sofrimento os pert

Pai...Mãe... esta música é para vocês!

Perguntar porque, eu não vou fazer, perdemos você, mas nós temos que aceitar. Triste sem saber como me conter, não posso te ver mas ainda resta recordar. (2x) Foi, foi, eu digo que foi, foi com um tempo, e nos abandonou, e uma enorme saudade aqui dentro, aqui dentro do peito, do peito ficou. (2x) E é por isso que seu povo chora, chora, sem saber se era, se era hora, a hora, independente de onde esteja agora, agora, traga a esperança, traga ela de volta. E é por isso que seu povo chora, chora, sem saber se era, se era hora, a hora, independente de onde esteja agora, agora, traga a esperança, traga ela de volta. Traga a esperança, traga ela de volta. Perguntar porque, eu não vou fazer, perdemos você, mas temos que aceitar. Triste sem saber como me conter, não posso te ver mas ainda resta recordar. Perguntar, porque, triste sem saber, como me conter, ainda resta recordar. Eu digo foi, eu digo que foi, foi e nos abandonou, e uma enorme saudade aqui dentro, aqui dentro do peito, do peito fi

Minha filha canina!

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Não, não é o resto de um visitante na primeira foto. A Gabi não ataca ninguém, nunca tentou... a não ser os mendigos e indigentes. A Gabriella é reflexo da criação que dou à ela. Eu a abraço, falo com ela como se conversasse com uma criança. Ela é meiga. Todos os dias quando acordo, ela ouve e já aparece para eu abrir e ela entrar. Gosta de ficar dentro de casa, junto à mim. Meu pai comentava sempre como ela era fiel à mim, é eu abrir a loja e ela deitar no portão ao lado, muita vezes chorando para me chamar atenção. Aliás, chorar é com ela. Quando quer passear então... choooora...engraçado que adivinha quando vamos sair, muitas vezes nem abri a porta ainda, estou ainda me vstindo e lá vem ela chorar debaixo da janela... imagino que reconheça o barulho do tênis, sei lá. Eu amo a Gabi, se não sou alguém totalmente amarga, muito se deve à ela que desperta em mim diariamente um sentimento de doçura. Quando olho aqueles olhinhos tristes me fitando... ai... me derreto... me entrego... Brinc

Esta é para você

Não vou citar nomes nem dar dicas a respeito do que vou escrever. É apenas um desabafo, sem pretensão nenhuma que não seja expurgar determinadas constatações. Algumas coisas não consigo entender, fogem do meu "intelecto". Se eu sobrevivi a uma doença grave, se estou aqui, então quero mais é viver e fazer o que gosto, sei exatamente quais coisas são estas, não espero que ninguém venha me dizer ao contrário, mas também não quero causar alguma situação desagradável. Hoje presenciei uma situação que poderia ser cômica, se não fosse quase trágica. Infelizmente não me surpreendeu, era algo que já imaginava que pudesse acontecer, até porque não precisa ter bola de cristal, basta ser um pouco atenta. Pessoas dizem não, fecham portas, procuram fazer coisas das quais não entendem bolhufas, dão mil "cabeçadas" e eu impotente, vendo erros, burradas, mancadas, vacilos... isso é tão comum aqui nesta cidade, pessoas que tem tudo na mão mas são incapazes de dar o braço a torcer e d

Amor da minha vida: Jéssica

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Minha filha é uma bênção em minha vida. Não só porque ela é linda e perfeita. Acima de tudo ela é boa e tem um caráter impecável. E olha, confesso que não sou a melhor mãe do mundo. Pelo menos quando penso na minha mãe acredito que fique devendo muito... Eu fiquei grávida cedo, com 17 anos. Tive todo o apoio dos meus queridos pais, afinal estava sozinha, o pai da Jéssica já era ex-namorado quando descobrimos a gravidez... e ele já estava com outra. Também nunca precisei dele pra nada. Lembro pefeitamente que no início meus pais até lamentaram por eu ser tão nova, mas depois do susto acabaram adorando a idéia. Acho que o fato deles nunca terem tido filhos naturais fez com que não só aceitassem minha gravidez, mas vivessem comigo cada instante. Simplesmente não deixaram faltar nada, nunca. Tinham orgulho de ver minha barriga enorme... Quando ela nasceu então foi um sopro de vida para ambos. Há muitos anos, quando adotaram a primeira criança, descobriram poucas semanas depois que ela tinh

Natal chegando...

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Sempre adorei o Natal, ao contrário da maioria das pessoas, era o reveillon que me despertava tristeza e angústia. Não gosto de fogos, tenho medo, a não ser que eu esteja bem longe... mas honestamente, não faço questão. Acho uma judiação com o animais, pobrezinhos ficam bastante assustados. Além disso acho besteira, no fundo nada muda, o salário não aumenta, seus problemas não se vão... é só mais uma data no calendário. Já do Natal sempre gostei. Meus pais, mesmo no tempo aonde tinham dinheiro sobrando, nunca foram de esbanjar na ceia. O importante era estarmos unidos - apesar dos pesares - celebrando mais um ano aonde passamos juntos, agradecendo por sermos uma família. Minha mãe fazia um gostoso arroz à grega, uma boa maionese, o tradicional peru ou chester, frutas e a sobremesa era sempre por minha conta. e normalmente era pavê de pêssego, preferido do meu pai. Ninguém precisava estar com roupas novas, nem nos presenteávamos com presentes caros. Sempre foi tudo muito simples... hoje

Inimigo meu

Nem sempre as coisas são do jeito que queremos, muito menos as pessoas agem conforme a nossa música. Há situações que independem de nós e de nossa boa-vontade. Sinto-me um pouco triste com determinadas situações, apesar de eu sempre ter tentado mudar. Não sei por quê de determinados comportamentos, mas sei que agora também não quero mais papo, nem tenho esperança que alguma coisa se transforme. Fico triste, meu núcleo familiar já diminuiu tanto nestes dois últimos anos... as duas pessoas fundamentais se foram. Hoje tenho a Jéssica e o Hélio. Nunca me dei bem com aquele que eu deveria chamar de irmão... mas passa longe disso... Nossos contatos são intermediados por nossos advogados, uma coisa bem fria. Eu não acho justo que ele receba nada que era dos meus pais, mas não sou eu quem decide. Simplesmente porque a minha vida toda foi prejudicada por esta criatura horrorosa... ele me privou do contato com meus pais, estragou encontros, destruiu desejos. Se alguém me perguntasse hoje quem re

Começar de novo

Eu tinha medo da escuridão Até que as noites se fizeram longas e sem luz Eu não resistia ao frio facilmente Até passar a noite molhado numa laje Eu tinha medo dos mortos Até ter que dormir num cemitério Eu tinha rejeição por quem era de Buenos Aires Até que me deram abrigo e alimento Eu tinha aversão a Judeus Até darem remédios aos meus filhos Eu adorava exibir a minha nova jaqueta Até dar ela a um garoto com hipotermia Eu escolhia cuidadosamente a minha comida Até que tive fome Eu desconfiava da pele escura Até que um braço forte me tirou da água Eu achava que tinha visto muita coisa Até ver meu povo perambulando sem rumo pelas ruas Eu não gostava do cachorro do meu vizinho Até naquela noite eu o ouvir ganir até se afogar Eu não lembrava os idosos Até participar dos resgates Eu não sabia cozinhar Até ter na minha frente uma panela com arroz e crianças com fome Eu achava que a minha casa era mais importante que as outras Até ver todas cobertas pelas águas Eu tinha orgulho do meu nome e

O egoísmo humano

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Em tempos tão difíceis como o que vivemos, há momentos em que penso o quanto meus pais não sofreriam com tantas coisas ruins acontecendo. Minha mãe era exageradamente cautelosa e se chocava tanto com os noticiários, às vezes até pedia para ela não ficar absorvendo tudo. Meu pai sempre procurou ajudar, assim como ela. Por isso que eles tinham tantos afilhados... Eles realmente eram únicos. Não se precupavam com o que as pessoas fossem pensar, eram do jeitinho deles, caseiros e tranqüilos. Não precisavam alardear seus atos. Por isso até hoje ainda chega alguém e me conta alguma ajuda recebida, que eu ignorava. Nesta foto, orgulhosos num almoço de aniversário da única neta, reparem a simplicidade de ambos. Para os dois a grande alegria era estarmos bem. O resto era o resto... Vejo em Santa Catarina tantos gestos de solidariedade do país inteiro, mas ainda percebo com esta onda não atinge a todos. É deprimente perceber o quanto há pessoas que realmente são egoístas. Gente que pode doar e