A angústia nossa de cada dia

Há momentos da vida em que sentimos uma espécie de "bola" na garganta, uma angústia domina nosso peito e as lágrimas insistem em rolar pela face.
Nestes momentos é comum nos sentirmos sós. Até porque dificilmente encontraremos alguém que possa nos entender... já que nem nós mesmos não conseguimos.
Eu vivo este momento.
Não quero me fazer de vítima, não sei se faço um drama da minha vida ou se ela está aos poucos se transformando em um.

São dores físicas e emocionais.
Fantasmas que me assustam, medos que vêm à minha mente, lembranças bem tristes com pessoas que amo.
Sou vítima sim... da saudade. Quando fico sozinha, isso é bem comum, me bate um enorme desespero. Penso nos meus pais e sinto falta.
Lembro como na vida deles eu estava em primeiro lugar.
Lembro como me sentia agradecida por pensar que os tinha para me "salvar" dos problemas.
E quantas vezes não me auxiliaram!
Para dizer ainda me ajudam, sei que estão aqui perto de mim, infelizmente meu sofrimento os perturba.

Há coisas que são maiores que nós. Por mais que se tente sair do círculo não conseguimos.

Hoje vivo um momento de dúvida e quase desespero. Tenho que tomar uma atitude, por pior que sejam as conseqüências, mas do jeito que está não posso continuar. Infelizmente nunca soube ganhar dinheiro, nunca fui capaz de tomar um rumo certo no sentido profissional. Pela primeira vez na vida tento fazer algo por mim e pelo meu futuro, apesar de estar sozinha nesta decisão. Ninguém me entende, nem me apóiam.

Queria que as pessoas se colocassem um dia no meu lugar, que sentissem uma vez as sensações, minhas angústias e medos... queria que percebessem que não sou mais a mesma, que sofro, que preciso de compreensão, que sinto tristeza. A medida que o Natal e o Ano Novo vem chegando esta sensação piora.


A vida perde a graça sem nossos pais. Ainda mais os meus que eram tão presentes, tão protetores. Acho que isso só irá se renovar quando eu tiver uma nova geração em casa... seja em forma de filho ou neto.

2009 vem aí... futuro incerto... tenho medo de esperar algo bom, só tenho recebido pauladas...

A única coisa certa é que começarei o ano sem ter nem pai, nem mãe.

E que seja o que Deus quiser... me dando saúde eu continuo a lutar!