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Mostrando postagens de 2013

Nem sempre...

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Nem sempre ao olharmos para cima o céu estará exatamente do jeito que gostaríamos, muitas vezes esperamos um dia de sol e o que teremos será um dia cinzento. Fico bem chateada quando os dias chuvosos se emendam, sucessivamente. Hoje, particularmente, foi um dia muito complicado, me senti bem estressada, mas consegui fazer algo que penso ser fácil e de repente percebo que não é: admitir que sou impotente. Pensei que seria fácil assumir algumas responsabilidades, mas percebi que querer não é poder. Meu problema é querer abraçar o mundo, pensar que sou de ferro, que posso tudo e perder o controle. Tem duas coisas hoje para as quais me entrego de coração, por amor e de boa vontade: meu Grupo e os animais, leia-se ONG Amigos Protetores. Nestes últimos dias me dediquei mais aos animais. Das seis cadelas que tenho aqui - duas filhotes - três estou dando LT (lar temporário). Decidi no impulso, mas enfim, agi com meu coração e talvez elas estivessem lá aonde estavam. O proble

Movida apenas por amor vou em frente....

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Não vou fazer um texto triste porque hoje é Dia dos Finados e as duas pessoas mais importantes da minha vida já passaram para o outro Plano. Também não vou ao cemitério levar flores que certamente serão roubadas por alguém até o final do dia. Já fiquei chateada quando notei que roubaram a cruz do túmulo, cruz de mármore maciço, nem aonde estão restos mortais dos entes queridos os ladrões respeitam, mas quer saber, quem faz isso já deve estar morto espiritualmente, não muda em nada o significado daquele local para mim, nem o que sinto no coração. Lembro todos os dias dos meus pais, especialmente, sinto o amor de ambos muito forte na memória e no coração. Talvez alguns acreditem, outros não, mas antecedendo a última cirurgia, aliada a uma crise forte de ansiedade e depressão, tive uma noite de insônia, daquelas terríveis. Porque há noites em que apenas não durmo e pronto, não fico lutando, mas há noites que me torturam pensamentos, medos, no silêncio da noite ouço coisas que

Para um amigo e para quem sofre e sabe desta dor.

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Sabe, não te conheço muito, aliás, foram poucas as vezes que nos encontramos pessoalmente. Foi por causa da dor que nos identificamos, foi a partir dela que um dia entrei naquela instituição aonde ia praticar minha gratidão à Irmandade. Não ajudava ninguém, mas falar sobre mim a todos esvaziava um pouco o peso das costas, a culpa do meu coração. Lembro dos rostos, você não tem noção de como foi difícil superar a timidez e falar para pessoas que, muitas vezes, faziam questão de virar os olhos pra cima para demonstrar o descontentamento de ter que estar ali. Assim, aprendi humildemente a não julgá-los... ninguém é obrigada a gostar. Só que não foram as pessoas de mente fechada que me marcaram, mas as que conseguiram filtrar algo de bom desses encontros. Como você. Sei também que ao sair de lá não gostou do nosso Grupo,teve azar na escolha do padrinho - que logo recaiu - mas por isso a literatura diz que não devemos tirar conclusões de apenas uma ou duas reuniões... 9

Criança é... criança não é.

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Criança é para ser amada, não para ser abortada. Criança é para trazer alegria, não para ser esquecida. Criança é para todos, mas não para ser usada como salvação dos casamentos falidos. Criança, quando tem pai e mãe, é para aprender a lidar com a separação, não para ser usada como arma de um contra o outro. Criança deve ser vacinada. não para ser levada em postos de saúde nas Campanhas de Vacinações atrasadas (na minha opinião os pais deveriam ser multados). Criança é para ser admirada, não reprimida. Criança deve ser respeitada e não humilhada publicamente. Criança deve estar em primeiro lugar na vida dos pais, não ser um empecilho para que estes justifiquem suas frustrações. Criança deve ser levada aos circos, parques, teatros, não à bares. Criança precisa ser vigiada, não ignorada. Criança dever ser orientada quando errar, não ser castigada fisicamente. Criança não deve apanhar, mas deve ter limites. Criança precisa ouvir não de

Vai voltar amanhã... mais uma vez, eu sei.

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Preparando-me para mais uma cirurgia, uma outra etapa, algumas barreiras e medos a serem vencidos. Desta vez estou mais ansiosa.  Muito mais emotiva. Sei que Deus sempre tem o melhor para mim... sei que o Sol vai brilhar mais uma vez. Sei. "Escuridão já vi pior de endoidecer gente sã"... Tem tanta coisa me pegando, tanta angústia, sentimentos tristes, depressivos.  Pode ser pressentimento, pode ser desejo, pode ser tristeza, saudade. Difícil definir. Preciso encarar e pagar para ver. De tanto me chamarem de guerreira, estou acreditando ser.  Visto minha armadura, pego meu escudo e sigo. Não fujo de nada, o que tiver que ser será, já passei por momentos piores... e estou aqui, viva, fiz do limão aquela limonada deliciosa. Não espero compreensão de ninguém, só desejo que as pessoas olhem pra dentro de si e se cuidem, pois nada melhor do que cuidar da sua própria vida. Quando passar esta fase, quero mudar - de novo - preciso colocar em prática

Onde você se esconde? Onde se revela?

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Vou falar de algo que vem me pegando, há algum tempo, melhor, há alguns anos. Não chega por um motivo, não avisa, não pede licença, apenas se instala e pronto. Muitas vezes a forma de escoar um pouco é deixar virem as lágrimas. Lágrimas... que lavam a alma, me deixam mais leve. Uns dizem "faça exercícios, procure seus amigos, tome remédios, NÃO tome remédio", porque resolver a vida do outro é simples, também sou mestra nisso. Posso estar rodeada de pessoas e me sentir sozinha, posso estar no lugar mais bonito do mundo, posso estar em casa, no serviço, conhecendo uma nova cidade, a caminho do Grupo, do nada, ela chega. Contorce meu coração, faz doer minh'alma, tira-me a vontade de continuar viva. Só não rouba minha fé. Se roubar, sei que me entrego e vou embora. Só por hoje, um dia li um artigo na Gazeta do Povo sobre suicídio e fiquei com medo. Já falei sobre isso, que depois que minha filha nasceu, desisti totalmente da tolice. Penso em formas

5 anos sem Ludovico Mikosz, mas o amor ainda está muito vivo dentro de mim!

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"O amor como palavra é muito lindo, como vivência também, mas a vivência só será completada quando o amor for verdadeiro, quando o amor significar caridade e tudo for feito no mundo por caridade". É pai, apenas 5 anos se passaram. Tanta coisa mudou na minha vida, tanta coisa mudou dentro de mim. Queria abraçá-lo e dizer mais uma vez muito obrigada. Queria pedir perdão, mas hoje não carrego culpa por ter sido aquela adolescente tão difícil, tão rebelde, tão desajustada e complicada. Agora sei qual é o foco dos problemas, entendo-me e assim, um pouco a cada dia, perdoo-me. As vitórias que conquisto, por mais um dia, gostaria de compartilhar com você (s). Quem sabe ainda sou uma garotinha, esperando o ônibus, não para escola, mas sozinha. Vi um idoso caminhando tranquilamente na Praça Dois Leões ou dos Leões - tenho dúvidas até hoje - mas enfim, meu coração quase parou, quem dera fosse o senhor pai, que Deus, por descuido, deixou que saísse para dar

Por favor vá embora.

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Momento difícil, sentimentos que afloram dentro do peito e transbordam em formas de lágrimas sem motivos. Dias e dias mal dormidos, convites não aceitos para ficar em isolamento. Ressentimentos que não desaparecem, sentimento de inutilidade, sensação de ser invisível.  O que me motiva hoje? Nada. Doença latente, anos e anos mascarei com analgésicos ilícitos, mas agora, 16 meses depois, sinto-a...  Lá vou eu, não tem meus pais pra me colocarem num carro e me levarem mas tem uma mulher guerreira que quer viver muito bem e não se abate e não se entrega.  Não escolhi este caminho, ninguém escolhe ter uma doença, mas posso combatê-la... sim, estou cansada, triste, sozinha, porém, nada tira minha fé de que nasci para ser feliz. O mundo dá voltas, se hoje sofro, aceito com resignação, cada dia ruim será convertido em dias muito mais felizes. É difícil, mas vou vencer mais esta... e dia 30, outra operação, outras dores, outros medos... mas embora eu diga estar sozi

Obrigada por me escolher como filha.

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Há 4 anos esta data passou a ter um significado diferente, passou a ser apenas um dia aonde a saudade aperta o peito e as lembranças afloram. O sentimento de gratidão é o maior de todos, mas não é como era quando o tinha aqui ao meu lado, não sinto que pertenço ao mundo dos que tem este privilégio: de ter Pai... até porque, não é apenas hoje que sinto sua falta, mas a mídia a intensifica, a cada propaganda, a cada oferta, a cada matéria. Na maior rede social então, nem se fala, há os que se igualam a mim, sofrem pela ausência e os que estão felizes por terem os seus ao lado, mas também, como não poderia faltar, os hipócritas e apesar de não serem bons filhos ou nem terem bons pais, estão ali, rasgando-se em homenagens. Tudo é válido nesta vida, tudo... quem sabe a partir deste dia um novo recomeço para tantos, tomara, tomara mesmo... o mundo precisa de mais amor. Ontem fui com uma amiga ao centro, ela foi comprar o presente do sogro, lojas lotadas, ruas cheias de carros, engarr

Devaneios...pensamentos sem nexo...

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Muita coisa ainda preciso modificar em mim... mas meus defeitos ainda estão enraizados: culpa, raiva, procrastinação, ressentimentos...ainda não consigo aceitar as pessoas do jeito que elas são. Não sei lidar com as diferenças. Se não sai como eu esperava, a frustração toma conta. Ainda sou aquela que acredita nas pessoas e sofre com as decepções, que age pensando no bem alheio e que não sabe lidar com a falsidade. Desonestidade é algo que entra em conflito com minha honestidade. Penso que minhas ideias são melhores porque me vejo agindo motivada pelo coração, não gosto da hipocrisia, não gosto da ingratidão. Não gosto da falsidade. Quando sou amiga, sou amiga até debaixo d'água, mas aprendi que posso não gostar de uma pessoa, mas posso respeitá-la e no mínimo não ser falsa. Estou numa fase que são as pequenas coisas que me trazem alegria... não penso muito na solidão, até porque, gosto, me cai bem. Acredito em Deus, ele irá resolver minhas dificuldades pois sei que es

Constatações de uma infância.

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Chego ao apartamento do meu primo/irmão e a primeira coisa que ele faz é me mostrar um álbum aonde descubro fotos do meu passado que não me lembrava ter vivido... O terno do meu pai, meu vestido... são apenas coisas materiais que ainda guardava na memória. de repente me vejo com mais ou menos 3 anos, na festa religiosa do casamento da minha tia, na Sinagoga. Sinto meus olhos se encherem de lágrimas, porque eu queria tanto de novo voltar lá, pro colo do meu pai, ser aquela menininha que era a alegria da vida de ambos. Nesta época os dois já estavam juntos há mais de 20 anos, um filho era a certeza da formação da família, era a cereja no bolo da união perfeita que era o casamento. Minha emoção junta muitos sentimentos que me embarulham, me sacodem, se escondem porque se resolverem gritar minha sanidade some. Serenidade é o que preciso para aceitar que não posso modificar o fato de que cresci e hoje minha vida é esta. Luto, sou honesta - até demais - quero sempre ser correta, ma

Sou manifestante com muito orgulho!

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Eu não estava presente no movimento estudantil brasileiro realizado no decorrer do ano de  1992  e tinha como objetivo principal o impeachment do  Presidente do Brasil   Fernando Collor de Melo  e sua retirada do posto. Em agosto de 1992 eu era mãe de uma linda garotinha de pouco mais de 1 ano, não pensava em outra coisa que não fosse a alegria de tê-la comigo, descobrindo o mundo, dando seus primeiros passinhos, balbuciando suas letrinhas, embora tivesse apenas 18 anos, não quis saber de nada disso. Era mãe, não estudante engajada, nem estava aí se o Collor tinha roubado, me preocupava mais com o estado físico do Cazuza e sua iminente partida. Agora em 2013 nasceu em mim aquele sentimento que não tive há 21 anos, vontade de me unir à massa, gritar, protestar, dizer que não quero mais isso tudo, que não merecemos... Sou uma adolescente, "avôrrescente", bem "aborrescente", tenho um espírito jovem, não combino com o lado sério do mundo, não

Mãe - 6 anos sem ter você.

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Nem sei por que gosto tanto de escrever, talvez porque falar não seja tão consolador, mas pensando bem, nem escrever é. Desde que minha mãe se foi, no dia 12 de junho de 2007 um enorme buraco ficou dentro do meu peito, que só se aprofundou quando perdi meu pai, 15 meses depois. Não sinto que tenha alguém que se importe tanto por mim quanto ela, não vejo que minha vida tenha alguma importância assim como tinha para ela. Hoje, depois de tantos erros, enganos e desacertos, estou aprendendo ainda na base da chicotada a viver. Sou grata por tudo que tenho, hoje partilhei inclusive que se for analisar minha vida está tudo certo, tenho saúde, amigos, emprego, casa própria, não me falta comida, posso dizer que me auto-sustento. Planto uma sementinha aqui, outra ali e vou regando, uma hora os frutos brotam.  Não é a solidão de não ter alguém que durma diariamente comigo que me incomoda, honestamente eu tenho uma facilidade para adaptar-me que agradeço à Deus, pois não tenho m

Tudo passa...

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"Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia. A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão. A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia. A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita