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Mostrando postagens de 2011

Um dia de cada vez, mas como?

Eu reflito tanto com os acontecimentos do cotidiano porque tenha aquele pensamento de que as coisas não acontecem por acaso. Vivemos num grande conflito, porque todos os dias notícias de pessoas que morrem de maneira estúpida nos fazem refletir de que a vida é feita a cada minuto, podemos ter metas, mas nunca certezas. Nos últimos meses tenho refletido com a morte de pessoas à minha volta. Não lido bem com a morte, não lido bem com finais. A dor e a separação são sentimentos cruéis na vida de um ser humano. Por isso, quando a vida lhe oferecer um limão faça uma limonada, suíça que é bem mais gostosa e você merece o melhor. Analise bem suas atitudes para não prejudicar ninguém, mas não deixe de vivê-las se você sente-se feliz, pense em você porque muitas vezes ninguém pensará...

Foi-se Amy Winehouse...

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Quando ouvi a música Rehab pela primeira vez, me surpreendi com aquela voz negra, maravilhosa e com a qualidade da canção. Pensei "caramba, quem é esta?". Fui atrás do álbum e adorei todas. Amy era a novidade, a diferente, a "maluca", aquela que todos esperavam que morresse jovem de overdose. Muitas vezes pensava que ela era muito grotesca, pois se envolvia em escândalos, abusava do álcool e das drogas. Era a maldita, mas com sua voz perfeita nos fazia esquecer de tudo. Eu a admirava porque gosto de gente que está "defecando e caminhando" para os outros. Amy quis ser exatamente o que foi. Este lance de usar drogas, lícitas ou não, é algo que só quem já usou pode entender. Não vou dizer o quê, mas já usei e não me arrependo, pois eu precisava expandir minha mente, tive diversas revelações quando estava sob efeito. Hoje dou muito mais valor a minha vida, a paz que tenho. Para mim funcionou para me sentir mais segura. Este papo das pessoas dizerem que a Amy s

Só o que é bom...

Minha tia Ady se foi na manhã desta sexta-feira. Foi um choque porque há um mês mais ou menos estive com ela, nunca ficou doente seriamente. Porém era fumante e tinha 79 anos. Graças à Deus teve uma vida boa e saudável. Superou a morte do filho único e conseguiu fazer Bodas de Ouro com o amor da sua vida, seu marido, meu tio. Fica pra mim apenas as lembranças de infância quando nossas famílias era bem unidas. Minha mãe e ela tiveram algumas rusgas, que hoje entendo que foi porque ambas eram duas leoas pra defender sua família, cada qual com suas armas. Não cabe a mim nenhum julgamento. Sei que minha tia foi recebida de braços abertos pela minha mãe, pois conheço a mãe. Acredito na evolução espiritual, em vida após a morte. Se tive uma infância mágica, cheia de momentos especiais e cercada de amor foi em parte porque contávamos com a amizade deles. A gente passava os domingos lá, eu adorava as festas de aniversários, as sobremesas, as comidas que a tia preparava. Era dela a receita de p

Para você Bruno Gouveia

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Não vou lhe dizer que sei o que está sentindo porque realmente não imagino e me recuso a tentar me colocar em seu lugar. Porque nenhum pai quer imaginar uma situação desta. Infelizmente, nada irá trazê-lo de volta, mas com o tempo esta dor absurda tornar-se-á um imenso vazio, uma saudade eterna e um amor perpétuo que será a certeza de que valeu à pena conviver mesmo que por tão pouco tempo com o Gabriel... com o tempo perceberá que o amor que sentimos faz com que estas pessoas que tanto amamos continuem vivas... Perder um filho ainda bebê não é algo simples de se superar. Perdi meus pais em 2007 e 2008 respectivamente, uma dor que até hoje me assombra. Se eu pudesse estar com você Bruno, diria para que acredite que este não foi o fim não, é apenas uma separação temporária, pois em algum lugar o Gabriel e a Fernanda vivem. Não se entregue, não desista de ser feliz nem de acreditar na vida, no quanto ela pode ser boa ainda. Lembre que daquela estrelinha do céu o olhar do Gabriel está vol

Em que mundo você quer viver?

4 anos sem você...

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A pior dor que um ser humano pode sentir na vida é a da perda de um ente querido, seja um amigo, um parente, seu pai, sua mãe... um filho, algo inimaginável. Mesmo sabendo da lei natural da vida, não há como fugir da saudade que espreme nosso coração de tal forma que vazam lágrimas dos nossos olhos. Difícil viver sem a mãe. Minha mãe era um ser especial, de uma forma tão espetacular que simplesmente todas as pessoas a adoravam facilmente. Passam-se os anos e o buraco vai ficando mais profundo. Não vou dizer que não sou realmente feliz, mas dentro de mim instalou-se pra sempre a menina triste e carente. Quando eu me sentia só, rejeitada, perdida, era minha mãe que vinha e dizia "bobagem, uma menina tão bonita e inteligente como você"... e lá íamos fazer algo de bom. Às vezes o dia está perfeito e vem aquele anjo triste e diz "cadê sua mãe mesmo"? Eu briguei muito com ela, magoei sim, mas sei que no final ela não ficou nada disso, apenas o meu amor incondicional. Ela

Dia das Mães

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Hoje o dia amanheceu belo, sem nuvens, com um céu azul e um sol perfeito. Presente de Deus para nós mães? Pode ser... mas mesmo que houvesse chuva, o passeio poderia até ser prejudicado, a alegria de estar junto da minha filha não. Saudades sim, muitas, minha mãe era uma pessoa magnífica que deixou apenas boas lembranças... tristeza não, pois sei que daonde ela está com certeza ficou feliz de nos ver juntas aproveitando a vida e fortalecendo nossos laços de amor... Todas as mães são especiais. Todas as mulheres nasceram com a pretensão de desempenhar este papel, mesmo que não tenham filhos. Um dia, quando casar, poderá transformar-se na mãe do marido. Porque homens são tão limitados, não conseguem viver sozinhos. A maioria de nós acaba adotando o marido como filho. A mulher nasceu para ser o alicerce da família. Nós temos o poder de transformar o ambiente. Respeito a diversidade, sei que algumas mulheres não aceitam este papel. O papo hoje é para as mães que assim como eu, sentem-se pl

Do auge da alegria... ao auge da perplexidade!

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Folheando jornais da semana passada encontrei um texto da minha amiga Dolly Polasek falando do massacre de Realengo, focando-se de maneira brilhante na figura de uma menina que tinha assistido a tudo. Seu nome é Jade. No dia 5 de abril estive no evento que mais aguardei nos últimos anos: o show da mega banda Iron Maiden. Sou louca pela voz do Bruce, a maneira como ele prolonga as notas é sobrenatural. Vivi dias de grande ansiedade, até resolvermos ir em cima da hora. Fui com minha amiga loira, a melhor companhia que eu poderia ter. Show impecável, emoção inigualável. Como foi bom sonhar com o encontro. Melhor ainda ter ficado a 10 metros deles. Voltei em êxtase, daquele jeito que ficamos quando vemos um ídolo e ficamos perto dele admirando sua arte, seu dom. Sua maneira de ser incrivelmente genial, único. Porque não dizer, onipotente... Confesso, deu uma deprê pós show sim... só que tudo ficou tão pequeno quando às 8:20 da manhã do dia 7 comecei a acompanhar as notícias desencontradas

No Diabo eu não acredito!

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Falar de religião e crenças é algo complicado e é bom sempre usarmos a cautela para não ofender nem agredir ninguém. Não dá, tem assuntos como time, partido político e religião não se discutem... afinal, quantas guerras ainda explodem no mundo por causa de um destes temas? Sempre acreditei em Deus, no seu poder, na sua força, na sua onipresença. Atualmente nem pertenço a uma religião. Quando sinto vontade vou tomar passe num centro espírita, raramente assisto uma missa em uma Igreja Católica, aonde fui batizada e frequentei por muito tempo, mais para desfrutar da companhia do meu pai do que para ouvir o que diziam os padres. Ano passado fui algumas vezes a um culto numa igreja que reúnem jovens, tem um linguajar mais apropriado e as músicas no estilo gospel são sempre no ritmo do reggae ou do rock. Às vezes era bom ouvir o sermão do pastor, muitas vezes me emocionei. Só que um dia fui a um culto direcionado apenas às mulheres e senti-me um peixe fora d'água por não entrar naquele t

Somos um grão...

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Sexta-feira, 11 de março, acordei cedo e assim que liguei a televisão, como de costume, fiquei chocada ao ver as imagens do terremoto e do tsunami que assolaram algumas cidades do Japão. Mesmo estando longe, a gente se penaliza com tamanha destruição. Depois veio a notícia de que a cidade de Morretes estava embaixo d'água... uma surpresa, pois não ouvi chuva alguma durante a madrugada. Fui trabalhar e choveu muito, muito mesmo, algo que só tinha visto uma vez, há alguns anos. Fiquei preocupada por ter deixado meu carro na cabeceira da ponte e as informações eram de que havia carros boiando. Confesso que não me desesperei, devo estar acostumando-me a ser resignada. Como sou uma pessoa de sorte, meu carro ficou num local seco enquanto em torno dele tudo era água, parecia um rio imenso. Entrei, agradeci muito Deus por ter me poupado e encarei a rua inundada. Fui devagar e logo estava a salvo em casa. Na cama quentinha, com meu marido ao lado. Ufa... No transcorrer da tarde descobrimos

Carnaval... carnaval...

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Não sei exatamente quando começou, mas a verdade é que nunca tive aquele amor incondicional por esta festa popular que é o carnaval. Quer dizer, mais ou menos popular, pois se hoje quiser curtir esta festa de verdade só indo pro nordeste e gastando entre R$80 a R$800 num abadá... se bem que Recife ofereceu vários shows no Marco Zero absolutamente de graça... eu vi Lenine, Nação Zumbi, Marcelo D2... bem mais a minha cara. O fato é que quando eu tinha 5 anos e meus pais ainda gostavam de me fantasiar e me levar pro clube, eu achava mais legal juntar o confete do chão do que dar voltas no salão... sei lá, sempre achava que seria atropelada pelos adultos, talvez tenha sido mesmo... Nesta foto estou com meu primo, que considero um irmão... dois bibelôs em cima da mesa...rsrsrs! Teve o tempo que eu gostava, não dançava, mas enchia a cara e me alugava... teve o tempo em que eu e minha amiga Luciane íamos de preto e ficávamos com cara de enterro, fazendo estilo... hoje vejo e me acho bem ridíc

Difícil, mas não impossível.

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2011 começou como sempre, muito calor, chuvas intensas, desmoronamentos, falta de remédios em postos de saúdes, alta de preços na cesta básica, caos aéreo, violência de todo tipo, filas de pais em escolas. Enfim, nada de diferente. Daí a gente pensa que precisa começar o ano com pé direito. Precisamos manter o pensamento positivo. Não te dá uma dor na consciência às vezes? Ficamos entre a cruz e a espada. Pelo menos me sinto assim. Trabalho num posto de saúde aonde vão pessoas miseráveis e muitas vezes preciso dizer que o remédio procurado não tem. Por outro lado saio de lá e me jogo numa maravilhosa piscina ou deito no meu quarto gelado pelo ar condicionado. E olha que não sou nem classe média baixa... Não posso me contaminar, mas também não quero ficar como a técnica de enfermagem que contou que não sentiu nada ao ver a criança de menos de 2 anos morrer na sua frente depois do tio tê-la atropelado sem querer. Aham, este tipo de criatura insensível existe na área de saúde, aonde preci