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Mostrando postagens de 2014

Hoje sim: 42 anos de vida!!!

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Minha vida é uma comédia com entornos surrealistas, dramáticos e pitorescos, mas nada comum. Conhece alguém que tem no seu registro uma data de nascimento anterior ao dia que nasceu? Se está lendo provavelmente conhece uma: EU! Sempre quando digo que faço aniversário dia 20 de outubro e me dizem que sou libra, preciso explicar que não, sou ESCORPIÃO... bem típica, aliás. Fato que interfere "muito" na minha vida, Ô! Para mim data de aniversário e data de nascimento são coisas bem distintas. Jjá era para a jovem uruguaia Maria José que ao chegar ao Brasil teve não só a data de nascimento modificada, mas o nome também: Rose Maria, minha mãe. Foi assim, nasci num lar muito humilde com um irmão gêmeo sem o pai por perto e então minha progenitora decidiu me doar, pois viviam uma vida difícil, já tinha tantos filhos, senão me engano viúva do primeiro marido; e enganada por este que a fecundou fazendo com que nascesse eu e meu irmão Marcos (falecido aos 21 anos).

7 anos...

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7 anos... do primeiro dos dois dias mais tristes que passei nesta vida. 7 anos... sem ouvir o telefone tocar e responder que estamos bem (eu, jéssica, cachorro e tudo). 7 anos... sem alguém olhar pra mim e me elogiar com aquela admiração que só você tinha por mim. 7 anos... sem saber para aonde correr nas horas em que preciso apenas de ouvidos... 7 anos... sem preparar aquela comida especial que nenhum chef do mundo - segundo a senhora - faria melhor que eu. 7 anos... sem saber que se tudo der errado, ainda sim, poderei contar contigo e com seu incentivo... 7 anos... sem ouvir uma crítica, sem ter a certeza que apesar de não ser o que eu quisesse ouvir, era exatamente o que eu precisava... 7 anos... sem ajudá-la a colocar sua meias finas 3/4... 7 anos... vivendo como uma órfã, uma mulher-menina que ainda não sabe nada da vida... 7 anos... em que não posso te abraçar... 7 anos... sem ouvir sua doce voz... 7 anos... que não brigo com você mãe, porque a senhora também gos

Dia das Mães sem mãe - parte 6.

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Quem disse que seria a vida toda ao seu lado, mãe? Quem disse que a senhora seria eterna? Quem disse que com o passar do tempo a dor se transformaria em saudades e ponto final? Quem disse que seria fácil lidar com esta saudades? Quem disse que estamos preparados para perdermos quem amamos, mesmo sabendo que ninguém fica para a semente (como a senhora dizia)? Quem disse mãe que esta ausência não iria tomar uma proporção maior a cada data comemorativa? Quem disse que um dia irei me acostumar a viver sem sua voz, sem seus elogios, sem seu carinho, sua amizade, sua compreensão? Quem disse que apesar de me conformar com o fato de saber que provavelmente está ao lado do seu grande amor, não sentiria uma pontada de ciúmes? Quem disse que só porque eu acredito que a morte seja um começo fica mais fácil aceitar? Quem disse que que não posso chamá-la nas horas em que me sinto desesperada no silêncio e na solidão do meu quarto, quando a vida dói? Quem disse que não tenho rem

Diferente, mas a essência continua igual.

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 Sim, a essência da gente não muda. Podemos camuflá-la, podemos iludi-la, podemos anestesiá-la, entorpecê-la, até disfarçá-la, mas não conseguimos mudá-la. No momento estou moldando-a, conhecendo-a. Porque durante muito tempo era mais simples preencher o vazio com coisas que só confundiam meus pensamentos. Agora sei quem sou, reconhece-mo, não me sinto um vítima, muito menos uma vilã, sou portadora de uma doença e responsável per ela. O primeiro passo dei quando ingressei na irmandade. Depois o escrevi, em fevereiro partilhei e agora o momento é de vivenciar. Dói muito, pois ao me revelar destemidamente, abrir minhas gavetas emperradas e cheias de lixo, perdi a naturalidade, saí um pouco do trilho, literalmente a máscara caiu. Tudo necessário para evoluir, crescer, amadurecer, sair da inércia. Não posso mais ignorar estes defeitos, não posso fingir que não sei quem sou e continuar agindo em cima do núcleo da minha doença. Não é apenas parar de usar al