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Perdas...

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Mais uma pessoa do meu círculo pequeno de amizades se foi. Que ano é este? Lembro quando ouvia alguém falar que tinha perdido pais, tios, primos, amigos e eu agradecia por não ter perdido nenhum. Ah...mas a vida é assim. Chegou minha vez de começar a contar nos dedos quantos estão partindo. Restam-me a saudade, as fotos, as lembranças e a gratidão pelo imenso privilégio de ter convivido com tanta gente boa. Tanta gente especial, gente de verdade, elegante, bonita e sincera, parafraseando Lulu Santos. A morte nos espreita. Não temos noção de quando será nosso último dia, último encontro...ninguém sabe quando seremos arrebatados. Já sinto falta de estar à mesa com a Dolly, Luiz e a Mariza, tomando vinho ou bebendo um chá, falando sobre a vida, sobre arte e a cultura. Com eles aprendi muito, fui aos museus, conheci artistas, viajei para outros países e tomei conhecimento das outras culturas, ouvi música clássica, conheci outros cantores dos anos 50, 60; sem levantar da cadeira

12 anos em 12 de junho de 2019

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Dia dos namorados, dia de amor e o dia em que perdi aquela que me ensinou o sentido do amor: minha mãe. A mãe era uma mulher fora de série, espetacular e pura. Sim, minha mãe era uma pessoa pura, com valores éticos que dificilmente encontramos, rica demais por entender o verdadeiro valor de estarmos vivos, do amor entre pessoas. Dona Rose não sabia discutir, não sabia brigar simplesmente por ter um coração abundante de amor. Discuti com ela muitas vezes e sempre que lhe pedia desculpas ela dizia que não se importava com as bobagens que eu dizia, claro que me repreendia mas nunca deixou que a culpa e o remorso habitassem em mim. Como lhe pedi desculpas por insanidades que cometi, graças à Deus tive tempo de compensar tudo com muito amor e carinho. Tenho vontade de chorar neste momento pois a emoção toma conta de mim. Quando somos jovens fazemos tanta besteira, ofendemos e falamos coisas que não saem do coração. Eu pedi perdão e fui perdoada. Pena que entre tantos momentos a

Muito tempo longe...longe de mim!

Tanto tempo que não entrava no meu blog. Logo eu que sempre tive amor às letras, aos textos e a liberdade de expressão. Escrever me tira muitos pesos d'alma, sempre gostei. Começou quando fiquei sem notebook assim sendo não consegui mais comprar outro e continuar alimentando este blog. Agora estou de volta, mas ainda necessito de terceiros para continuar aqui. Minha vida mudou muito, 180º transformaram tudo. Percorri caminhos que jamais deveria, me castiguei por erros que nunca pensei em cometer e sofri, sim, sofri muito sozinha. Não consegui aprender nada com amor que recebi dos meus pais, da minha filha e de tantas pessoas que fazem parte da minha trajetória. Foi a dor que me ensinou. Foi sofrendo que entendi o valor de acordar cedo, tomar um bom café e pegar um ônibus para vir trabalhar. Mesmo com tantas dificuldades eu ainda tenho fé em mim e na minha vida. Seria triste demais se eu dissesse que não acredito em Deus e perdi a fé. Deus, cada um tem sua concepção Del

Dia do trabalhador ou dos escravos?

Comemorar o quê no dia 1º de maio? O salário mínimo é medíocre e não cobre todas as nossas necessidades. O governo petista incentiva cada vez mais a massa para que acostumem-se ao assistencialismo, meramente político, mas não incentiva ninguém a pensar, discernir, raciocinar. Há momentos que queria morar numa ilha isolada, sem acesso à nenhuma informação, porque quanto mais me dou conta do caminho em que o país está entrando, com mais medo do futuro fico. Desesperança e incredulidade... Trabalho como funcionária pública municipal, na área da saúde, o que vejo é um abandono total. Falta incentivo, material, condições adequadas de trabalho, depois de alguns percalços até minha boa vontade está indo para o brejo. Não existe isto de se dedicar e acreditar que em algum momento seremos reconhecidos. Vejo pessoas dando o seu melhor, assumindo postos que deveriam ser divididos entre vários funcionários simplesmente serem removidas sem nenhuma justificativa lógica, por pessoas incompete

Hoje sim: 42 anos de vida!!!

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Minha vida é uma comédia com entornos surrealistas, dramáticos e pitorescos, mas nada comum. Conhece alguém que tem no seu registro uma data de nascimento anterior ao dia que nasceu? Se está lendo provavelmente conhece uma: EU! Sempre quando digo que faço aniversário dia 20 de outubro e me dizem que sou libra, preciso explicar que não, sou ESCORPIÃO... bem típica, aliás. Fato que interfere "muito" na minha vida, Ô! Para mim data de aniversário e data de nascimento são coisas bem distintas. Jjá era para a jovem uruguaia Maria José que ao chegar ao Brasil teve não só a data de nascimento modificada, mas o nome também: Rose Maria, minha mãe. Foi assim, nasci num lar muito humilde com um irmão gêmeo sem o pai por perto e então minha progenitora decidiu me doar, pois viviam uma vida difícil, já tinha tantos filhos, senão me engano viúva do primeiro marido; e enganada por este que a fecundou fazendo com que nascesse eu e meu irmão Marcos (falecido aos 21 anos).

7 anos...

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7 anos... do primeiro dos dois dias mais tristes que passei nesta vida. 7 anos... sem ouvir o telefone tocar e responder que estamos bem (eu, jéssica, cachorro e tudo). 7 anos... sem alguém olhar pra mim e me elogiar com aquela admiração que só você tinha por mim. 7 anos... sem saber para aonde correr nas horas em que preciso apenas de ouvidos... 7 anos... sem preparar aquela comida especial que nenhum chef do mundo - segundo a senhora - faria melhor que eu. 7 anos... sem saber que se tudo der errado, ainda sim, poderei contar contigo e com seu incentivo... 7 anos... sem ouvir uma crítica, sem ter a certeza que apesar de não ser o que eu quisesse ouvir, era exatamente o que eu precisava... 7 anos... sem ajudá-la a colocar sua meias finas 3/4... 7 anos... vivendo como uma órfã, uma mulher-menina que ainda não sabe nada da vida... 7 anos... em que não posso te abraçar... 7 anos... sem ouvir sua doce voz... 7 anos... que não brigo com você mãe, porque a senhora também gos

Dia das Mães sem mãe - parte 6.

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Quem disse que seria a vida toda ao seu lado, mãe? Quem disse que a senhora seria eterna? Quem disse que com o passar do tempo a dor se transformaria em saudades e ponto final? Quem disse que seria fácil lidar com esta saudades? Quem disse que estamos preparados para perdermos quem amamos, mesmo sabendo que ninguém fica para a semente (como a senhora dizia)? Quem disse mãe que esta ausência não iria tomar uma proporção maior a cada data comemorativa? Quem disse que um dia irei me acostumar a viver sem sua voz, sem seus elogios, sem seu carinho, sua amizade, sua compreensão? Quem disse que apesar de me conformar com o fato de saber que provavelmente está ao lado do seu grande amor, não sentiria uma pontada de ciúmes? Quem disse que só porque eu acredito que a morte seja um começo fica mais fácil aceitar? Quem disse que que não posso chamá-la nas horas em que me sinto desesperada no silêncio e na solidão do meu quarto, quando a vida dói? Quem disse que não tenho rem