Falar em amizade...

Nesta época do ano costumo rever algumas amigas queridas, amigas de infância... não tenho muitos amigos, mas os que tenho são de extrema confiança e lealdade. Considerando a falsidade das relações que vejo, tenho até que bastante, já que tem muita gente cercada, mas que na real está sozinha.

Fácil ter sua casa cheia quando tudo vai bem, mas e quando algo lhe falta? Será que seus amigos vão lhe procurar?

Bem, eu vivi experiência bem marcantes nos últimos 3 anos. Senti o quanto a humanidade é contraditória. Algumas pessoas com quem convivi em determinada época da minha vida apareceram, demonstraram amor, carinho. Outras simplesmente não se importaram. Justamente algumas para quem eu prestei solidariedade em algum momento. Teve aquelas que eu nem esperava que me procuraram, mas sumiram quando tudo passou. Eu sei bem qual é este sentimento, além da óbvia curiosidade pela vida alheia, há um misto de culpa e pena. "Amigos" chegaram até à mim por pena.

Não aceito mais amiguinhos de Orkut em minha vida. Isso acabou, passou. Sabe aquela pessoa que te adiciona no msn e sempre puxa papo, mas que é incapaz de conversar 5 minutos ao vivo contigo? Fora os que não tem dão oi.
Mundo bem hipócrita mesmo. Só não deleto da minha vida virtual porque um dia podem virar meus clientes na vida pessoal...

Para mim amigo é aquele com quem podemos contar, sempre, há qualquer momento. Se eu estou disponível aos meus amigos quero tê-los também. Não precisa estar sempre na minha casa, nem me ligar, alguns dos meus melhores amigos não vejo há meses, alguns até anos... mas quando nos reencontramos é como se o tempo não tivesse passado.

O mundo de hoje é assim mesmo, todos trabalham demais e quando temos um tempo queremos ficar com nossa família, isso é natural.
Os verdadeiros amigos sabem quando o momento de estar junto se faz necessário.

Eu conto com amigos incríveis, de todos os tipos... não vou citá-los nominalmente, mas sabem quem são...

Tenho certeza que ainda encontrarei mais amigos pela vida, sinto que sempre Deus coloca pessoas boas e interessantes na minha estrada.

Em 2008 tive muitas decepções com "amigos".
Descobri que alguns não sabiam separar negócios de amizade. Uma pessoa de quem sempre gostei, simplesmente se afastou quando cobrei uma dívida. Parece que pensava que por eu ser sua "amiga" poderia vir aqui todo mês e comprar muita mercadoria, mas sempre me dando uma merreca por mês.
Como eu era "amiga" sabia que dinheiro para outras coisas ela tinha. Fica complicado, por que você tem vontade de dizer que dinheiro para ir em show a pessoa tem, mas para te pagar...
Ainda tem gente assim, não digo que sejam "amigos", mas conhecidos que acham que podem atrasar, ou pagar quando querem...

Tão amigos que não servem nem para avisar quando irão atrasar...

A vida é assim, muitas pessoas vão encher a boca pra dizer que são amigas, mas no momento mais crucial da sua vida vão sumir.
Depois dizem que sou antipática, infeliz, revoltada, podem me julgar assim, mas não mudo. Não fico sorrindo para qualquer carinha feliz que aparece, nem confio assim em qualquer um. Não sei, mas não serviria para ser famosa, não gosto que cuidem da minha vida.

Só que mesmo não sendo famosa, há tanta gente nesta cidade curiosa com minha vida... sempre foi assim, minha timidez misturada a uma dose de simpatia com coragem de se vestir do jeito que gosto desperta o interesse alheio.

Vejo as pessoas se exibindo em fotos no Orkut, mas é uma falsidade só... prefiro ter poucos e com qualidade. Nunca fui e nem quero ser popular. Infelizmente, tenho um faro aguçado, percebo que tem gente que se aproxima apenas para coletar informações. Eu jogo o mesmo jogo, não me abro assim e nem confio fácil.

Apesar de tudo sofri neste final de ano uma das maiores decepções da minha vida, com pessoas que eu considerava "amigas".
Não vale à pena tocar neste assunto, já morreu. Passou.

Os meus maiores amigos hoje são as pessoas com quem convivo diariamente, pois na verdade nossos maiores amigos são nossos pais, depois nossos cônjuges, filhos... é com eles que passaremos a maior parte dos nossos momentos. Sorte quando você encontra um marido bem-humorado, companheiro, caseiro e que ajude você a resolver os problemas do dia-a-dia. Eu, como sou bem abençoada por Deus, achei um assim pra mim.

Meus pais sempre foram leais e amigos. Não me desampararam quando engravidei, nunca se queixaram de ter que dividir comigo a responsabilidade de ter a Jéssica. Minha mãe ligava todos os dias, só nos seus últimos dias que ela parou um pouco, então eu senti e comentei com o Hélio, "saudades da minha mãe"... e vim vê-la...

Meu pai então era o porto seguro que sempre encontrei parada. Lembro da Dolly um dia comentando após me ouvir falar com ele ao telefone de como ela sentia falta de um "paizinho" pra lhe socorrer como o meu...

Agora tenho o Hélio que é um grande amigo e companheiro... junto com ele veio sua mãe e sua avó com quem sei que posso contar... a família do Hélio é animada, grande...

Minha filha é fora do comum, super amiga, mas ainda está aprendendo a me ouvir como amiga, sempre age como filha quando quero lhe dar um conselho... mas isso passa...

E a vida é assim... só o tempo para nos mostrar quem são as pessoas que realmente valem à pena!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A morte...

Quem tem boca fala o que quer pra ter nome...

Marcelo Dourado, o vencedor do Big Brother Brasil 10?