12 de junho


Enquanto os apaixonados só conseguem pensar em presentes, jantares e momentos especiais para comemorar a data de hoje, além de tudo isso, há algo no meu coração que não me deixa esquecer um fato extremamente marcante em minha vida.

Exatamente hoje faz 3 anos que perdi minha mãe.

Pelo tamanho da saudade que sinto parece que faz mais de 30 anos, mas se penso na dor e na lembrança daquele dia fatídico parece que fazem 3 dias.
Não dá pra mensurar o tempo quando perdemos alguém tão importante em nossa vida.

A gente nunca sabe quando chegará a hora de vermos o outro pela última vez. E esta hora chega pra todos, velhos, adultos, jovens e crianças.
A lei natural da vida espera que os mais jovens enterrem os mais velhos, mas ninguém disse que isso seria fácil.

Sempre disse que tenho muita sorte e sou iluminada.
Não deixei de acreditar nisso apesar dos pesares.
Pelo contrário, enxerguei tudo não como um grande castigo, mas como um aprendizado para um amadurecimento maior.
A dor nos ensina muita coisa, principalmente quando estamos atentos para aprender.

Minha mãe era uma mulher mais do especial.
Era não era só mãe, ela era A MÃE.
Também não foi apenas uma esposa, foi A ESPOSA.
Não se limitou a ser uma avó, foi A VÓ.
Pelo grande amor que nutria por nós - que era recíproco obviamente - fazia-se presente em todos os momentos.

Falávamos diariamente, ela nunca deixou de me ligar, parou apenas na semana em que faleceu porque não andava boa.
Minha mãe era uma super mulher.
Dentro da sua simplicidade sabia que as coisas mais valorosas da vida não se compravam com dinheiro, se conquistavam com amor, carinho e dedicação.
E a vida da minha mãe fomos nós.
Principalmente meu pai, seu grande amor eterno.

Nesta data, tão romântica, nada melhor de lembrar do que a paixão e o respeito que um sentia pelo outro.
Lembro deles se chamando de "meu bem", do cuidado que ela tinha com a alimentação dele e com tudo que o envolvia.
A mãe era assim, não pensava nela, só nos que amava. Não havia uma vez que ela fosse ao supermercado e não comprasse pra nós alguma oferta boa. Se o frango estava baratinho, levava pra sua casa e passava na nossa pra deixar um igual.

Por isso não me desce pessoas que sentam-se as mesas e comem bacalhau sem saber se seus filhos tem algo pra comer.
Porque a gente casa mas nunca deixa de ser filho.
Só quando Deus quer que nos tornemos órfãos. Como eu estou.

Que bom poder relembrar tantos momentos felizes.
Não quero que seja um dia triste, mas não posso fugir da saudade que sinto e da pontinha de angústia que surge.

Minha relação com ela amadureceu no decorrer dos anos, pois eu fui uma adolescente rebelde demais, acredito que o fato de ter sido separada do meu irmão gêmeo tenha nos marcado negativamente, tanto que ele também teve uma história meio tumultuada até culminar em seu assassinato.
Não importa. Tudo o que minha mãe não gostaria era de saber que fico remoendo lembranças ruins.

Ela quer que sejamos felizes.

Sempre quis.

Por mais que o tempo passe, sei que dentro de mim minha mãe nunca irá morrer. E tudo o que quero é nunca esquecê-la para que eu possa me tornar um décimo que seja da mulher forte, guerreira e fraternal que dona Rose foi.

Te amo mãe, um dia vamos nos ver novamente. Sei que está conosco.

Postagens mais visitadas deste blog

A morte...

Quem tem boca fala o que quer pra ter nome...

Marcelo Dourado, o vencedor do Big Brother Brasil 10?