Uma pequena reflexão

Seria tão simples a vida se fosse fácil aceitar que somos todos iguais na forma, mas totalmente diferentes no conteúdo.
O que tem valor pra um, nada significa ao outro.
Isso pode me chocar, mas pode ser natural também.
Realmente, pense se fosse diferente, que seria do azul se todos gostassem do rosa?
Agora que estou mais madura procuro sempre treinar minha mente pra entender o outro.

Erro. Muitas vezes.
"Erros e acertos são filhos do mesmo pai", diz Nando Reis.

Porém, mesmo errando, sei que faço sempre uma reflexão do que acontece comigo, da maneira como me comporto, tenho uma percepção enorme dos meus defeitos.
Não me acha porra nenhuma. Sou.

Sou o quê? Porra nenhuma ou o máximo?
Vai da sua simpatia por mim, sempre há os que odeiam e os que amam.


Sei que precisava cultivar muito mais a paciência, a tolerância, evitar a ira, a avareza.
É bem conflitante segurar este meu gênio.
Ô se é.

Não relaxo porque quero ser sempre perfeita, prudente, sincera.
Quando quebro a cara com alguém, alguma marca em minha alma ficará.
Porque quando se é honesto, fica complicado entender a desonestidade.
Só que tento transformar tudo pro lado positivo.

Queria ser mais sossegada, mais zen.

Depois que me tratei, aprendi muita coisa, mudei em muitos sentidos, mas a essência está aqui e ainda precisa evoluir muito.
Porque não dá pra ninguém imaginar o que é estar pronta para uma nova realidade e de repente perder as duas pessoas que você mais ama na sua vida.
É um choque.

Eu adoro refletir, fazer auto-análise, "auto"psicoterapia... não vou exigir de mim a ponto de enlouquecer.
Um dia eu alcanço a elevação espiritual da qual necessito.

Pior seria se eu não me importasse.

Eu sei que tenho alguns dons, consigo sentir e perceber coisas que passam batido por outras. Eu enxergo a hipocrisia e a falsidade escondida em cada gesto, em cada sorriso.
Ruim isso, porque aí vem aquela implicância natural com determinadas pessoas.

Pode até ser uma loucura da minha cabeça. Não sou a dona da verdade, ninguém é. Isso tenho consciência.
Tem coisa que não consigo aceitar, quando deveria ser tolerante e até humilde.
Afinal, sei que todos somos filhos de Deus, com falhas, imperfeições, mas todo mundo tem um lado bom, quer dizer, há aqueles distúrbios mais sérios que tornam pessoas em assassinos frios e calculistas.

Este é outro ponto que me angustia, porque se pararmos pra pensar qualquer pessoa pode de repente surtar.
Você... eu...
Não temos controle de nada.
Não somos nada, não temos nada.

E vi o documentário do Michael Jackson sobre o show que ele estava montado para a sua turnê. Não parecia nada doente, nem me pareceu alguém que sentia dor.
Um cara educado, que falava em Deus sempre, que tratava bem sua equipe, sem estrelismo ou frescura.
Muito competente, muito atento.
Muito feliz.
Dá um nó na garganta quando acaba o filme, pensar que dias após aquelas cenas ele simplesmente foi embora.

Fiquei sentindo uma angústia que vai e volta no meu peito. É tão triste e melancolico pensar que um dia todos acabaremos, que o ciclo de vida dos meus pais terminou e de tantos outros, tios, amigos, conhecidos...
A morte faz parte da vida.
Só que dentro dos meus conceitos prefiro pensar que não acaba assim.
É apenas um afastamento.
Conviver com a saudade e procurar ser feliz é o que nos resta.

Porque nunca sabemos quando...

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